11/10/2011

Fala Pasteur:






“Há algo no fundo de nossas almas que nos diz que o mundo deve ser algo mais do que uma mera combinação de fatos, devida a um equilíbrio mecânico surgido simplesmente do caos dos elementos, por uma ação gradual das forças materiais" 
Louis Pasteur

Diário Espiritual de um Jovem Gênio - 4ª Parte - Temor a Deus = Sabedoria


Em seguida, também achei engraçado o susto que Lewis toma com algumas palavras da pessoa que ele considerava o ateu dos ateus.

“No início de 1926, o mais empedernido dos ateus que jamais conheci sentou-se no meu quarto e, contra tudo o que eu dele esperava, observou que os indícios da historicidade dos Evangelhos eram de fato surpreendentemente bons. “Coisa esquisita”, continuou. “Toda aquela história de Frazer sobre o Deus que morre. Coisa esquisita. Chega até a parecer que aquilo realmente aconteceu”. Para entender o impacto explosivo disso, o leitor precisaria conhecer o homem (que certamente desde então jamais demonstrou qualquer interesse pelo cristianismo). Se ele, o cético dos céticos, o durão dos durões, não estava – como eu ainda o diria – “seguro”, então a que é que eu poderia recorrer? Será que não havia mesmo uma saída?”

 
Fiquei imaginando a cara dele ao ouvir estas palavras do Ateu, não foi nenhuma confissão, mas certamente o Ateu não estava mais seguro de suas próprias ideias. Provavelmente ele deveria ser uma pessoa inteligente que começava a ver verdade na Verdade. Fez-me lembrar de Augusto Cury, que se considerava o Ateu dos ateus, assim como ele mesmo diz:

“Eu fui um dos maiores ateus que já pisou nessa terra, talvez mais do que Nietzsche que escreveu sobre a "morte de Deus"; do que Marx que considerou Deus como "ópio" da sociedade; pra mim, Deus era uma invenção da psique humana, uma construção dos pensamentos (que é a minha área de pesquisa), então nesse aspecto eu fui um ateu científico; eles foram ateus que combatiam alguns atos religiosos e por isso baniram a ideia de Deus da sua mente”.

Mais tarde ele conta que à medida que ele estudava sobre o funcionamento da mente (quando escreveu Análise da Inteligência de Cristo), ele percebeu que somente um criador fascinante - Deus - poderia conceber e explicar o fantástico teatro da psique. A ciência que conduziu muitos a descrerem de Deus gerou nele o contrário, implodiu o ateísmo.


"Acho belo as pessoas que têm uma religião, que defendem o que crêem com respeito e que são capazes de expor e não impor suas ideias. Quanto a mim, não tenho nem defendo uma religião. Minhas pesquisas sobre Jesus Cristo me levaram a ser um cristão sem fronteiras." Diz Augusto Cury no seu livro; Nunca Desista dos seus Sonhos.


Muito interessante a semelhança entre Lewis e Cury, ambos gênios em suas áreas e que chegaram à mesma conclusão, mesmo partindo de princípios diferentes, chegaram ao mesmo resultado, de que Deus existe e que Ele é bom. Augusto Cury, em suas pesquisas sobre psicologia e sobre Jesus Cristo, concluiu que não tem como Cristo não existir. Ele descobriu que o princípio da sabedoria esta no temor ao Senhor, a pessoas que busca a sabedoria de fato, acaba chegando a Deus e quem tem o temor em Deus acaba chegando à verdadeira sabedoria.

Conheço muita gente “inteligente”, mas nunca me surpreendo com elas, principalmente aquelas que são orgulhosas. Surpreendo-me sim com pessoas simples e humildes que de fato são inteligentes, porque pela Graça receberam de Deus a sabedoria e por isso conhecem a Verdade o Caminho e a Vida. A visão real de tudo, em qualquer área de estudo, pertence a estas pessoas.


Conheço uma história, que não tenho como comprovar a veracidade, mas que demonstra em parte o que eu quis concluir. O nome é "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima!" e se encontra neste link http://gracamaior.com.br/mensagens/um-pouco-de-ciencia-nos-afasta-de-deus.-muito-nos-aproxima.html

26/07/2011

Diário Espiritual de um Jovem Gênio - 3ª Parte - Desfrute e Contemplação

Este terceiro ponto difere e muito deste segundo, gastei mais tempo e muitos neurônios para entender uma teoria de Samuel Alexander que Lewis cita no livro como importante para seu crescimento intelectual na compreensão da Alegria.
Ufa! Sofri para entender em parte esta teoria, (se eu quiser entender mais, creio que tenho que ir à fonte que é Alexander), mas novamente me identifiquei com o pouco que compreendi.


“...Li em Space, Time and Deity, de Alexander, sua teoria de Desfrute e Contemplação. Trata-se de termos técnicos na filosofia de Alexander; Desfrute nada tem a ver com prazer, nem Contemplação com a vida contemplativa...”

O que? Como assim? Não entendi!
Algumas linhas a diante comecei a pensar que tinha entendido. Mais um tanto de linha à frente, vi que eu era incapaz de entender por completo a ponto de sentir o que Lewis sentiu com sua descoberta. Mas ao final da explicação pude entender do que se tratava esta teoria, e no mínimo me identifiquei.
Depois de muitas linhas complexas ele continua:

“Em outras palavras, o desfrute e a contemplação das nossas atividades interiores são incompatíveis. Você não pode ter esperança e também pensar na esperança ao mesmo tempo; pois na esperança desfrutamos o objeto da esperança, e interrompemos esse processo (por assim dizer) ao nos virarmos para olhar a esperança em si. Logicamente, essas duas atividades podem se alternar, e realmente o fazem, com grande rapidez; mas são distintas e incompatíveis. Isso não era meramente um resultado lógico da análise de Alexander, mas sim algo que podia ser verificado na experiência diária e mesmo horária.
O meio mais certo de desarmar a raiva ou a luxúria era desviar a atenção da moça ou do insulto e começar a analisar a paixão em si. A maneira mais segura de estragar um prazer era começar a examinar a sua satisfação. Mas se era assim, então podia-se deduzir que toda introspecção é, em certo aspecto, desencaminhadora. Na introspecção, tentamos olhar para “dentro de nós mesmos” e ver o que está acontecendo. Portanto, quase tudo o que estava acontecendo no instante anterior se interrompe pelo próprio ato de nós nos voltarmos para olhá-lo. Infelizmente, isso não significa que a introspecção na da encontra. Pelo contrário: encontra precisamente o que resta depois da suspensão de todas as nossas atividades normais; e isso que resta são principalmente imagens mentais e sensações físicas. O grande erro é confundir esse mero sedimento, rastro ou subproduto com as próprias atividades.”


Estes foram os parágrafos que achei mais simples para transmitir a ideia. Eu achei muito interessante e eu já tinha me familiarizado com este pensamento. Mais adiante Lewis relaciona esta teoria com a sua procura da Alegria.

“Essa descoberta lançou nova luz sobre todo o meu passado. Percebi que todas as minhas esperas e vigílias à Alegria, todas as minhas vãs esperanças de encontrar algum conteúdo mental naquilo sobre que eu poderia, por assim dizer, pousar o dedo e afirmar –“ É isso aqui” –, tinham sido uma tentativa fútil de contemplar o desfrutado.”

Eureka! Entendi (haha). Como eu havia dito, este é um livro difícil de ler, tem que quebrar a cabeça.

06/07/2011

Diário Espiritual de um Jovem Gênio - 2ª Parte - J. R. R. Tolkein

Meu segundo ponto é na verdade engraçado (pelo menos achei). Lewis comenta sobre seu amigo J. R. R. Tolkien.
Imagina só; Lewis que hoje é conhecido como o maior escritor cristão do século XX e que escreveu a conhecida “As Crônicas de Nárnia”, e Tolkien, o primeiro pensamento, para os leigos assim como eu de Tolkien, é sobre o “Senhor dos Anéis” e nada sobre religião. Mas Tolkien era um católico fervoroso.

“Quanto comecei a lecionar na Faculdade de Inglês, fiz dois outros amigos, ambos cristãos (essa gente esquisita parecia pipocar por todo lado), que mais tarde iriam me ajudar muito a superar o último obstáculo. Eram H. V. V. Dyson (então de Reading) e J. R. R. Tolkien. A amizade com este assinalou a queda de dois velhos preconceitos. Logo que vim ao mundo aconselharam-me (implicitamente) a jamais confiar num papista, e na primeira vez que pus os pés na Faculdade de Inglês, (explicitamente) a jamais confiar num filologista. Tolkien era as duas coisas.”

Fiquei imaginado Lewis e Tolkien discutindo sobre a existência de Deus e sobre religião, sendo que no inicio da amizade, Lewis era ateu e Tolkien um cristão. Sério, achei engraçado isso.
Para quem quer saber mais sobre esta amizade e o quanto um influenciou o outro, leia "O Dom da Amizade" de Colin Duriez.

22/06/2011

Diário Espiritual de um Jovem Gênio - 1ª Parte - Fé e Arte


O livro "Surpreendido pela Alegria" é uma espécie de auto biografia de C. S. Lewis.
Um livro muito bom para quem admira os pensamentos de Lewis e pra quem gosta de ir fundo em seus próprios pensamentos.
Com a morte de sua mãe, com um pai frio, preso na penumbra de um internato inglês, Lewis teve uma infância de certo aspecto, conturbada. Diante do peso dos conflitos que levariam à I Guerra Mundial, evaporou-se repentinamente a sua fé no cristianismo e mais tarde no próprio Deus.
Quando criança ele sentira uma Alegria inocente e espontânea, que o fez, desde então, entrar numa procura pela fonte desta Alegria, que ele não conseguira manter. Almejava o momento mágico de epifania que daria sentido à vida. No livro ele relata sua jornada árdua de ateísmo de volta ao pleno cristianismo.

Particularmente achei o livro muito bom, mesmo antes de ler, já me simpatizava com a maneira de pensar do autor, mesmo não tendo lido nada dele ainda já imaginava que seria assim. Também achei a leitura muito difícil, tive que fazer um esforço extra para termina-lo.
Mas o motivo principal desta postagem é citar e comentar as partes que achei mais interessante de sua conversão, ou seja, partes que estão nos dois últimos capítulos.

Bom o primeiro pensamento que achei fascinante e que também já compartilhava com uma perspectiva diferente, é que mesmo antes de Lewis passar de ateu para teísta, começou a notar a diferença entre as literaturas que lia, dos que acreditavam em Deus e dos que não acreditavam, ele começou a notar que se agradava mais dos autores teístas. E uma crítica de Lewis deve ser levada a sério, com toda certeza, ele sempre foi um exímio leitor, se tem uma coisa que ele entende muito, é isso.


"... Na verdade, eu deveria estar totalmente cego para não enxergar, bem antes, a ridícula contradição entre minha filosofia de vida e minhas experiências reais como leitor. George MacDonald fizera mais por mim que qualquer outro escritor; logicamente, era uma pena ter ele aquela obsessão com o cristianismo. Ele era bom apesar disso.
Chesterton era mais sensato que todos os outros modernos juntos; salvo, é claro, seu cristianismo. Johnson era um dos poucos autores em quem eu sentia poder confiar totalmente; muito curiosamente, ele tinha a mesma esquisitice. Spenser e Milton, por uma estranha coincidência, tinha o mesmo defeito. Mesmo entre os autores antigos, o mesmo paradoxo era encontrado. Os mais religiosos (Platão, Ésquilo, Virgílio) eram nitidamente aqueles dos quais eu podia realmente beber. Por outro lado, os escritores que não sofriam de religião, e com quem teoricamente minha simpatia deveria ter sido completa - Shaw, Wells, Mill, Gibbon e Voltaire -, todos pareciam um tanto fracos; gente que na meninice chamávamos "fracotes". Não que eu não gostasse deles. Todos eram (especialmente Gibbon) ótimo passatempo; mas dificilmente mais que isso. Parecia não terem profundidade. Eram simples demais. A dureza e a densidade da vida não apareciam nos seus livros.
...a maioria dos autores que se podiam considerar precursores do moderno iluminismo parecia-me café pequeno, e me entediavam terrivelmente. Achava Bacon (para ser franco) um burro solene e pretensioso, bocejava diante da comédia da Restauração, e, tendo corajosamente navegado até a última linha de Don Juan, escrevi “Nunca mais" na última folha. Os únicos não cristãos que me pareciam realmente saber alguma coisa eram românticos; e boa parte deles estava perigosamente tingida de algo semelhante à religião, às vezes até ao cristianismo”.


Como eu tinha dito antes; eu também já compartilhava este pensamento, só que na arte em geral. Simplesmente creio que pessoas que estão ligadas em Deus, usufruem de uma intimidade com o Criador que lhes proporcionam uma melhor compreensão do universo. Na maioria, são pessoas que conhecem a Verdade o Caminho e a Vida que é Cristo. Como Lewis fez questão de ressaltar que não excluía a boa qualidade dos demais, também o faço, quem sou eu pra dizer que não existem boas obras seculares, seria ignorância falar isso, mas faço das palavras de Lewis as minhas:

Não que eu não gostasse deles. Todos eram ótimo passatempo; mas dificilmente mais que isso. Parecia não terem profundidade. Eram simples demais. A dureza e a densidade da vida não apareciam nas suas obras, ...e boa parte deles estava perigosamente tingida de algo semelhante à religião, às vezes até ao cristianismo.

Meu entendimento de arte é curto, (mas sei aprecia-la) mas se quiser entender mais sobre fé e arte, procure saber das obras de Hans Rookmaarker (A Arte não Precisa de Justificativa)

07/01/2011

Amigo De Verdade

1º Jesus conhece nosso interior, Ele sabe o que é melhor para nós.
Ler MC 2 : 5


Jesus olha para o homem de duas formas diferentes: com a visão humana e com a visão divina.


VISÃO HUMANA

“Vendo-lhes a fé.” Algo tão intimo como a fé pode ser vista? Pode ser enxergada?
A fé não pode ser vista diretamente, ela só pode ser enxergada pelo reflexo, e o reflexo da fé é a ação, a atitude, que pode ser expressa por gestos, e falas.
É como se alguém que diz torcer pelo Brasil saísse no dia da final da copa vestindo a camisa da Argentina. Isso também pode ser expresso em uma palavra... incoerência, o famoso “Faz o que eu falo, mas não o que eu faço.”

VISÃO DIVINA

“Filho, os teus pecados estão perdoados.” Jesus olhou muito mais do que um pedaço de carne defeituoso sobre a maca. Ele olhou para o interior do homem, viu um passado de pecados, possíveis blasfêmias contra Deus, um coração amargurado pela sua condição, uma vida triste, uma alma fosca, sem brilho algum. Viu que o homem realmente necessitava era de perdão, mais do que andar, ele precisava de paz com Deus, mais do que jogar bola, ele precisava de uma nova vida. Talvez se Jesus perguntasse o que ele queria qual seria resposta?
Mas antes de que o homem pudesse fazer a escolha errada, Jesus agiu, afinal, Jesus conhece nosso interior, Ele sabe o que é melhor para cada um de nós.

2º Jesus nos usa como instrumentos para a glorificação do nome de Deus.
MC 2 : 6 e 7

A inveja que a popularidade de Jesus causava nos escribas não permitiu que eles desfrutassem da presença de Deus ali sentado ao lado deles, mas como Jesus conhece nosso interior, percebeu os pensamentos deles e para que eles pudessem crer que Ele era o Filho de Deus e que tem autoridade para perdoar pecados que é uma cura invisível para os homens, Ele ordena ao paralítico que não reclamou por não ter recebido o que queria (se fosse eu, “pô Jesus, eu vim (fui trazido) aqui porque ouvi dizer que Tu cura tudo quanto é coisa, crente que eu ia sair andando, e Tu me perdoa os pecados?! Francamente...) que ande. E todos glorificaram a Deus (MC 2 : 12).

3º Amigos de verdade nos carregam para perto de Deus.
MC 2 : 3-4

Quatro homens que a Bíblia não diz se eram amigos do paralítico, mas para ter disposição de atravessar uma multidão, subir no telhado, fazer um buraco e descer o paralítico, só sendo amigo, afinal, será que o paralítico confiaria em qualquer um? Correndo risco de ser derrubado e além de não poder andar ter uma braço quebrado ou coisa ainda pior?!
Ele confiava nos amigos, e os amigos confiavam em Jesus, eles não encheriam o coração do pobre homem de esperança se não confiassem em Jesus.


Não importa a situação, não interessa a dificuldade, os amigos de verdade sempre irão te arrastar se preciso for, para perto de Deus, porque não existe nada melhor do que ser amigo de Deus.

05/08/2010

Reflexão

"Sorte é pra quem tem azar. Eu tenho Deus."